Quero distribuir
Pro mundo inteiro
Essa angústia seca
Assim sentirão
Quão maravilhoso pode ser
O gozo salgado da derrota
Saltando das órbitas
Engolindo-nos à sós
Devastando o mar
Do espelho, da pia
Do piso, privada
Água do banheiro
Socando a barriga
e a cabeça
Pela miopia translúcida
Quase dando pra ver
O grito d'um gole
desesperado
Vomitar e cair
sobre os restos
Depois se levantar
e se orgulhar
De angústia
ainda não ter morrido
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
gárgulas, vampiros & abraços
nem todo fogo
ondulante
gárgula petrificada
pela vontade
concreto o rubro
sangue escorrente
olhos de vampiro
ou de medusa?
olhos correntes
turbilhão veneno
como se retribui
o beijo d'um vampiro?
injusto remédio
quando a pedra
se quebra o vampiro
em amor cego se despede:
"até breve!", e voa por aí...
ondulante
gárgula petrificada
pela vontade
concreto o rubro
sangue escorrente
olhos de vampiro
ou de medusa?
olhos correntes
turbilhão veneno
como se retribui
o beijo d'um vampiro?
injusto remédio
quando a pedra
se quebra o vampiro
em amor cego se despede:
"até breve!", e voa por aí...
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
(no qual se cofia o bigode)
nem as explosões no céu
os estalos no jazz
as bombas atômicas
os peidos na cama
nem os ébrios passos
de boêmios sem rumo
nem o estalo da garrafa
o primeiro break do jazz
nem os aplausos desnecessários
os tapinhas nas costas
as bombas atômicas
os raios solares
nem o tapa na cara
o chute no saco
o coco na praia
os patos no descampado
nem tudo que há de bom
nem a barra de espaço
a virilha coçando
nem o despertador quebrado
nem belos passos
pequenos écarts
ou a brasa e o violão
quebrados de tanto tocar
os estalos no jazz
as bombas atômicas
os peidos na cama
nem os ébrios passos
de boêmios sem rumo
nem o estalo da garrafa
o primeiro break do jazz
nem os aplausos desnecessários
os tapinhas nas costas
as bombas atômicas
os raios solares
nem o tapa na cara
o chute no saco
o coco na praia
os patos no descampado
nem tudo que há de bom
nem a barra de espaço
a virilha coçando
nem o despertador quebrado
nem belos passos
pequenos écarts
ou a brasa e o violão
quebrados de tanto tocar
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
nostradamus remoendo e triturando ideias
aquela música
o silêncio ao longe
aquele poema
toda indiferença aquém
de tudo
o que agora
é nada
e que foi tudo
e continua
sendo
o silêncio ao longe
aquele poema
toda indiferença aquém
de tudo
o que agora
é nada
e que foi tudo
e continua
sendo
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