quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

teorizar sobre a vida é mais fácil do que sobre a morte (as coisas não são o que elas foram)

Esse poema trata da vida, da consciência humana, da autorrealização e do choque do ser com o mundo. Também fala sobre a poesia e a compreensão: tudo que é dito ao longo do poema está compactado no último verso, que ainda acrescenta novos significados a tudo que foi apresentado anteriormente, e tudo que se fala significa muito mais do que aparenta se nos permitimos captar e sentir todos os significados que há no pensamento e na comunicação — tanto da expressão humana, quanto dos fenômenos da natureza.

Eu sei o que preciso para viver uma vida bem vivida
E posso lutar pelo que preciso
Se não, sei que posso me aprimorar para poder lutar
E isso inclui a minha força de vontade

Sei que alguns imprevistos aparecerão no caminho
E sei que posso superar qualquer percalço de cabeça erguida
Mesmo que em certos momentos
Isso pareça impossível

Sei que uma vida bem vivida não depende só do que eu sei


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

mesmo sendo um pouco impreciso

um poema que fala sobre tudo*
do micro sensível intocável
às maiores dores cósmicas
ultrapassando o ser humano
sem sair por todo de si

pensamentos que desfaçam o atributo
do ultra insensível abstrato possível
ou de rochosas constatações orgânicas

um poema naturalmente complexo,
e simplório por essência ou impressão:



pé na cabeça
e mão no chão

só de as coisas serem o que elas são
já é algo maravilhoso

compreensão

de todos eus

para todos eus



*tudo se refere a todas as coisas, humanos, animais e metafísica (ou natureza)