quarta-feira, 27 de maio de 2015
mosaico
só sei acertar
depois de errar
está certo
quem quiser estar
será certo
quem quiser ser
não é o som
que tem cor
é a luz
que tem som
a beleza está
no inevitável
que é o presente
eu posso estar certo
como posso estar errado
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
teorizar sobre a vida é mais fácil do que sobre a morte (as coisas não são o que elas foram)
Esse poema trata da vida, da consciência humana, da autorrealização e do choque do ser com o mundo. Também fala sobre a poesia e a compreensão: tudo que é dito ao longo do poema está compactado no último verso, que ainda acrescenta novos significados a tudo que foi apresentado anteriormente, e tudo que se fala significa muito mais do que aparenta se nos permitimos captar e sentir todos os significados que há no pensamento e na comunicação — tanto da expressão humana, quanto dos fenômenos da natureza.
Eu sei o que preciso para viver uma vida bem vivida
E posso lutar pelo que preciso
Se não, sei que posso me aprimorar para poder lutar
E isso inclui a minha força de vontade
Sei que alguns imprevistos aparecerão no caminho
E sei que posso superar qualquer percalço de cabeça erguida
Mesmo que em certos momentos
Isso pareça impossível
Sei que uma vida bem vivida não depende só do que eu sei
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
mesmo sendo um pouco impreciso
um poema que fala sobre tudo*
do micro sensível intocável
às maiores dores cósmicas
ultrapassando o ser humano
sem sair por todo de si
pensamentos que desfaçam o atributo
do ultra insensível abstrato possível
ou de rochosas constatações orgânicas
um poema naturalmente complexo,
e simplório por essência ou impressão:
pé na cabeça
e mão no chão
só de as coisas serem o que elas são
já é algo maravilhoso
e mão no chão
só de as coisas serem o que elas são
já é algo maravilhoso
compreensão
de todos eus
para todos eus
*tudo se refere a todas as coisas, humanos, animais e metafísica (ou natureza)
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